A moeda de um país é, na essência, uma representação da sua economia. Quando uma nação gera um grande volume de riquezas, há uma tendência de outros países desejarem adquirir esses bens. Para tanto, eles precisam primeiro comprar a moeda local, que, posteriormente, será utilizada na compra dos produtos ou serviços oferecidos. Esse processo, quando ocorre em grande escala, gera um fenômeno amplamente reconhecido: a alta demanda pela moeda desse país. A demanda elevada, por sua vez, leva à escassez de sua moeda, o que resulta em uma valorização no mercado global.
Por outro lado, quando um país não consegue gerar riqueza de forma significativa, há uma falta de interesse global em sua moeda. Isso faz com que a moeda local perca valor no mercado internacional, transformando-a em um ativo com baixo valor de troca. Esse cenário pode ser ainda mais agravado por um elevado endividamento do governo, que, ao estar com as contas públicas no vermelho, cria uma aversão ao risco entre investidores. Ninguém deseja associar-se a parceiros financeiros com problemas fiscais, o que desestimula investimentos e contribui para a desvalorização da moeda.

É esse contexto econômico que faz com que determinadas moedas estrangeiras, como o dólar ou o euro, se tornem caras em outros países. Na prática, estamos falando de trocas de ativos, ou de riquezas, entre nações. Para ilustrar esse conceito de forma mais clara, podemos imaginar um cenário hipotético no qual o Brasil, com características econômicas similares às que impulsionaram o Bitcoin a se tornar esse fenômeno global, tivesse o Bitcoin como sua moeda oficial. Se isso fosse realidade, a cotação de um "BitcoinReal" seria de aproximadamente 95.714,90 dólares.
Portanto, para melhorar a situação econômica do país, seria necessário aumentar a produção de riqueza e reduzir o endividamento público. Isso resultaria em uma moeda
mais estável, mais atraente para investidores e, consequentemente, mais forte no mercado global.
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