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Qual o Real papel do imposto no Brasil ?

Foto do escritor: Armando CruzArmando Cruz

Atualizado: 26 de set. de 2024

Em uma pesquisa realizada no final de 2023, constatou-se que a maioria da população planeja utilizar o montante de seu 13º salário para saldar débitos de IPTU e/ou IPVA. Isso implica que, na prática, o benefício recebido será direcionado ao Estado. Tal situação é considerada justa?



A pesquisa recente, feita no final de 2023, trouxe um dado interessante: grande parte da população pretende usar o 13º salário para quitar dívidas como IPTU e IPVA. Agora, surge uma questão importante: é justo que esse benefício, que deveria proporcionar alívio financeiro, acabe sendo quase que integralmente direcionado ao Estado? Para entender melhor essa situação, é preciso refletir sobre o propósito do 13º. Criado com a intenção de oferecer uma renda extra ao trabalhador no fim do ano, ele serviria para custear despesas, impulsionar o consumo, ou até mesmo ser uma reserva financeira. Contudo, o peso das obrigações fiscais acaba sugando essa oportunidade. Isso mostra um cenário onde a carga tributária e os compromissos financeiros consomem grande parte da renda dos brasileiros, deixando menos espaço para a realização de projetos pessoais, lazer ou até mesmo investimentos em qualidade de vida.

O debate em torno da justiça dessa situação envolve uma análise sobre o impacto da tributação no Brasil. O IPVA e o IPTU, impostos que incidem sobre propriedades e veículos, são essenciais para a arrecadação de municípios e estados, que dependem desse dinheiro para fornecer serviços públicos como infraestrutura, saúde e segurança. No entanto, a alta carga tributária brasileira é frequentemente apontada como desequilibrada, especialmente quando se observa o retorno que a população recebe em termos de serviços públicos. Para muitos, a sensação é de que estão pagando muito, mas recebendo pouco em troca. O resultado é uma frustração que se traduz em escolhas obrigatórias: usar um dinheiro que deveria ser extra para cobrir dívidas que, no final das contas, não parecem trazer benefícios diretos e perceptíveis à qualidade de vida.


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